sexta-feira, 3 de julho de 2009

Giz de cera

Em tempos que todos são profetas, eu acho bom ser um rosto de máscara na multidão sem rosto.
Minha cor é meio pálida, mas eu ainda tenho cor, do céu colorido e do amor mal pintado na mão da criança. Mal pintado não é mal amado, mal pintado é simples assim, que de tão bonitinho não chega ao fim e passa das margens.
É não se isolar na moldura, mostrar que o giz de cera na parede não é sujeira e que a diferença é tão bonita, que vale a pena ficar estampada sujando a casa.
Das obras de arte que eu vi, prefiro arte de criança, que pinta o sete e canta ciranda, roda a roda e cai em pé.
Se for choro, que seja de criança, que começa quando vê ralado e acaba com um beijo roubado na mãe antes de ir dormir.


COPACUBANA