segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Frio de dia

Tem manhãs que acordam assim, friozinho, soprando fumaça no vidro e escrevendo sonhos bobos no vapor. No dia que amanhece escuro, o frio acalma a dor de um domingo que vai ser esquecido.
As cores mais cinzas, bentas de sol, podem brilhar num papel amarelado, contanto que os lápis do lado forem guiados por uma mão feliz.
Podia seguir nessa manhã, inconscientemente, andando com o pé machucado, usando o ontem de bengala mancando pra amanhã.
Troquei meu sapato novo por um chinelo velho, pra combinar com a jeans surrada e o coração cansado.


COPACUBANA