terça-feira, 23 de junho de 2009

Da arma do meu reino

Quando eu era menino, conheci um rapaz que queria ser rei. Ele então saiu em busca do seu reino, já que não tinha nome, não tinha ouro e só tinha força.
Subiu numa montanha bem alta (a mais alta que eu já vi de perto) e perguntou ao velho mais sábio (o mais sábio que eu já vi de perto), como fazer pra ser um rei sem reino. O velho, sábio que era, disse ao principe-sem-reino que deveria ele construir o seu castelo, conquistar a sua rainha e tocar o coração do seu povo.
O agora-rei-sem-reino buscou a sabedoria do além-mar, nos livros do além-terra, subiu ao além-céu com a força do aquém-rei.
Um reino não se faz de um rei que manda, de um rei que mata ou de um rei que obriga, o rei que eu conheci, se fez rei com a palavra, ergueu seu trono imaginário nos braços do povo da estrada, que seguia sua estrada de pé no chão e cabeça ao céu.
Exércitos tentaram derrubar o novo-rei-sem-reino, e todos eles se prostraram diante de uma força maior que os canhões e as espadas, maior que o fogo ou a luta, se renderam ao poder da palavra.


COPACUBANA

Um comentário:

  1. rei-sem-reino adoreei! hahaha.
    vou colocar seu link no quadro amanhã, tá sr apaixonadinho? hahahaha :*

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